Foto de Rádio Cova da Beira.

A junta de freguesia de Silvares manifesta "a mais profunda preocupação" com o possível encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos naquela vila. A autarquia foi convocada para uma reunião sobre o assunto, entretanto desmarcada e sem agendamento de nova data.

Em comunicado, a junta de Silvares mostra-se apreensiva com o fecho do balcão por se tratar de um serviço de utilidade pública para as populações que serve, nomeadamente os residentes nas freguesias do sudoeste do concelho do Fundão, do couto mineiro das Minas da Panasqueira e de freguesias do sudeste do concelho de Pampilhosa da Serra.

A autarquia lembra ainda que a agência de Silvares da Caixa Geral de Depósitos é subsidiária da antiga agência do BNU então instalado na Barroca Grande e que há cerca de uma década encerrou tendo os respectivos serviços transitado para a agência de Silvares da CGD que continua a servir todos as populações do couto mineiro.


O ventilado encerramento da agência da CGD, a concretizar-se, "será um rude golpe na já frágil estrutura económico-social desta vasta zona que serve, acentuando o esvaziamento dos serviços e o centralismo das decisões, cujo único critério assenta em propostas economicistas em desfavor dos interesses das populações que se vêm obrigadas a percorrer elevadas distâncias para acesso a serviços básicos que o estado devia pugnar por serem prestados próximo das populações, maioritariamente envelhecidas e com mobilidade reduzida e dispendiosa", defende a junta silvarense.

A junta deixa ainda algumas questões

“Se o critério para encerrar serviços é unicamente económico, porque o Estado Central não fecha de uma penada só, todas as empresas públicas que são altamente deficitárias como são a CP, o Metro de Lisboa ou Porto, a RTP, entre outras? Se se mantêm, por manifesto interesse público, porque será que o interesse público das populações das regiões de baixa densidade não têm a mesma valorização?
Porque se anunciam medidas de valorização do Interior e se permite ao mesmo tempo tomada de medidas de sinal contrário?”

A autarquia de Silvares apela a que os rumores e notícias 
veiculadas não se concretizem “em mais uma machadada no interesse das populações que a agência de Silvares da CGD serve”, apelando “ao bom senso” dos decisores e à mobilização dos agentes e populações locais reivindicando a manutenção de um serviço público essencial ao progresso e desenvolvimento desta região.

 

In Radio Cova da Beira